22 ago 2019 Como é classificada a perda total em carro pela seguradora?
Quem tem um carro e utiliza o veículo frequentemente sabe dos perigos que encontra pelo caminho. Motoristas imprudentes, vias em más condições, falta de iluminação, enfim, diversos fatores que podem causar acidentes com graves consequências como a perda total do veículo. Nestes casos muitos não sabem o que fazer, ficam atordoados pensando se o seguro vai cobrir os danos ou, se terão que arcar com o prejuízo. Se você também possui dúvidas sobre o assunto, continue a leitura!
Perda total? Entenda!
Para quem ainda não sabe, a perda total ou PT no seguro auto representa uma das situações em que o segurado tem direito a receber a indenização integral. Assim, não precisa pagar a franquia, recebe o valor da apólice e, em seguida, seu seguro é cancelado. É importante lembrar que o valor da indenização integral corresponderá ao valor do veículo segurado. Este valor pode ser determinado na apólice, segundo dois diferentes critérios:
1°) Se o seguro considera o critério de valor de mercado, a referência para pagamento da indenização integral é o valor de mercado do veículo na data do aviso do sinistro. Assim, a indenização em geral corresponderá a um percentual estabelecido do valor do veículo informado pela Tabela Fipe.
2°) Se o seguro considera um valor determinado, a indenização integral corresponderá a um valor fixo, já estipulado na sua apólice.
Como a seguradora classifica a perda total em carro?
Se você pensa que a perda total é caracterizada pelo estado de destruição do veículo após um acidente, está enganado. Seu carro pode estar aparentemente todo danificado após uma colisão e, ainda assim, a seguradora não considerar a situação como perda total. Ou, pode estar aparentemente inteiro e a seguradora constatar o PT. Para ficar mais claro, a perda total ocorre quando o custo do conserto do veículo, em função de um único sinistro, ultrapassa o percentual do valor deste veículo estipulado em sua apólice de seguro. Este percentual, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), entidade reguladora do mercado de seguros, deve ser de até 75%.
Assim, se a seguradora adotar o percentual máximo estabelecido pela Susep, vai considerar perda total sempre que o conserto de um veículo após um sinistro custar mais do que 75% do valor referenciado de mercado ou, do valor determinado do veículo. Isso depende claro da modalidade adotada. Por outro lado, se os custos totais dos reparos forem inferiores a 75% do valor considerado para o veículo, apresenta-se então uma outra situação que define-se perda parcial.
Atenção! Se o custo do reparo for maior que o valor da franquia contratada, o segurado deverá arcar com a franquia e a seguradora pagará o valor restante. Se o custo, entretanto, for menor que o valor da franquia, o segurado deverá pagar pelo conserto por conta própria.
O que acontece depois da perda total?
Quando é definida pela seguradora a perda total, o carro tem sua propriedade transferida para a empresa, que paga a indenização ao segurado. Porém, se o veículo ainda estiver sendo financiado, o financiamento deve ser quitado para que a indenização seja liberada.
O que não é considerado perda total?
Situações como roubo e furto em que o veículo não é recuperado não são consideradas perda total, mas também motivam o pagamento da indenização integral. Se você passou por esta experiência procure logo sua seguradora para mais informações a respeito.
Se você segurado provocou um acidente que levou à perda total do veículo de outra pessoa, seu seguro só indenizará este terceiro, caso tenha sido contratada à cobertura de Responsabilidade Civil Facultativa (RCF-V). Este é um seguro opcional que pode cobrir danos contra terceiros, evitando assim que você tenha prejuízos com o reparo de outro veículo em uma colisão.
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